O futuro do ranking e a hora de Bellucci

O futuro do ranking e a hora de Bellucci

A temporada passada e o Australian Open recém-conquistado por Roger Federer mostram que o Big 4, de um jeito ou de outro, ainda toma conta do circuito.

A hegemonia que há anos é dividida entre Murray, Djokovic, Federer e Nadal, entretanto, é mais dispersa que outrora, com espaço para tenistas da nova geração. Destaco dois:

Alexander Zverev e Grigor Dimitrov

Alexander Zverev e Grigor Dimitrov na federação paulista de tênis

Sobre Dimitrov, confesso que já havia perdido a esperança.

Aos 25 anos, o ‘Baby Federer’ dos tempos de juvenil, sempre ficou aquém do esperado, com muito mais talento e badalação (inclui-se o namoro com Maria Sharapova) do que resultados em si.

Mas parece que Grigor acordou!

É nítida a mudança de foco, de trabalho e dedicação do búlgaro, que, enfim, vai colhendo os frutos do tênis exuberante que possui. Neste final de semana, ele chegou à 15ª vitória em 14 jogos disputados no ano, conquistando, em casa, o título do ATP 250 de Sofia ao vencer o belga David Goffin na final.

A única derrota de Dimitrov na temporada foi na semifinal do Australian Open, quando perdeu ‘no detalhe do detalhe’ um jogo épico para Rafael Nadal.

O próprio espanhol, inclusive, disse que se Grigor mantiver o nível de atuação apresentado em Melbourne, logo realizará o sonho de conquistar um Grand Slam.

Dimitrov, finalmente, vai encontrando o que sempre lhe faltou: consistência, equilíbrio e amadurecimento.

Outra declaração marcante de Nadal durante a campanha no Australian Open foi sobre Alexander Zverev que, segundo Rafa, será ’em breve‘ o novo número 1 do mundo.

A expectativa é essa!

Aos 19 anos, o alemão já venceu nomes como Federer, Wawrinka, Berdych, Cilic, Dimitrov e Thiem, além de já ter quatro finais de ATP, com dois títulos na quadra dura coberta.

O segundo deles veio neste domingo, após superar o então tricampeão do ATP 250 de Montpellier, Richard Gasguet. Zverev, que já aparece como 18º do ranking, é o tenista do futuro, completo, com estrutura de sacador (tem 1,98m de altura) e agilidade e talento no fundo de quadra.

Futuro número 1?

A hora de Bellucci

O futuro do ranking e a hora de Bellucci

E falando em número 1, Thomaz Bellucci, após a boa campanha no ATP 250 de Quito, volta a ser o melhor brasileiro no ranking da ATP. Thomaz chegou à semifinal no Equador e, mais uma vez, acabou eliminado pelo veterano e carismático Victor Estrella Burgos — o dominicano terminou campeão e desenhou um coração ao melhor estilo Guga no saibro equatoriano.

O paulista do Tietê, no entanto, subiu 25 posições e agora aparece no 75º lugar, voltando a ser o melhor brasileiro na lista.

Thiago Monteiro volta a ser o segundo do país, na 84ª colocação.

Assim como escrevi nos últimos anos (e quebrei a cara, é verdade) acredito que, agora, nos torneios brasileiros, Thomaz tem a chance de dar um passo grande.

Em relação ao ranking é natural que ele suba, já que no ano passado não ganhou ‘nada’ no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas a oportunidade é boa para fazer algo maior diante da torcida brasileira.

Uma boa campanha no Rio, por exemplo, é viável, mesmo com nomes como Kei Nishikori, Dominic Thiem, David Ferrer, Pablo Cuevas e companhia na disputa.

E por que não pensar em um título na capital paulista, onde o chaveamento, a torcida e a concorrência podem favorecer?

Pelo terceiro ano seguido, digo e acredito:

chegou a hora, Thomaz!

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