Uruguaio paulistano

Uruguaio paulistano

A chuva deu uma pequena trégua e a final do Brasil Open, enfim, terminou nesta segunda-feira.

O campeão? O uruguaio mais paulistano da história do tênis, Pablo Cuevas, que venceu de virada o bom espanhol Albert Ramos-Vinolas e conquistou o tricampeonato na capital paulista — com direito a saque por baixo no match point.

Para o nível do Aberto de São Paulo, Cuevas tem sido, sem sombra de dúvidas, o tenista com mais recursos e variações de jogo.

Acho surpreendente o fato do uruguaio aparecer tão pouco no restante do circuito, principalmente no saibro.

Ele pode mais — e nós brasileiros sabemos bem disso.

Falando em Brasil, a decepção geral da chave de simples foi minimizada com o título de Rogério Dutra Silva e André Sá nas duplas, em uma final que ainda contou com a presença do também brasileiro Marcelo Demoliner — jogou ao lado do neozelandês Marcos Daniell.

A decisão foi um presente para a torcida, que viu uma vitória emocionante da dupla que reuniu a experiência e o talento de Sá com a raça, a vibração e o bom jogo de Rogério Dutra Silva — Rogerinho, aliás, se adaptou rápido à parceria e, merecidamente, garantiu o seu primeiro título de ATP.

Outra dupla que brilhou foi Bruno Soares e Jamie Murray, campeões no ATP 500 de Acapulco.

Apesar da tristeza de ver Bruno fora do Aberto de São Paulo (o mesmo vale para Marcelo Melo), a participação em um torneio mais atraente em relação a piso, ranking, premiação, logística e calendário, foi de extrema coerência. Grande resultado!

Uruguaio paulistano Pablo Cuevas

Por fim, o show de Bia Haddad Maia no piso duro de Clare, na Austrália, merece destaque entre os ‘brazucas’.  

Em seu primeiro torneio de US$ 25 mil — ela já tem no currículo títulos ‘maiores’ —, Bia fez a ‘dobradinha’ na chave de simples e duplas: dois canecos em uma semana praticamente perfeita na ‘terra do canguru’.

O número 1 voltou

O número 1 do mundo, enfim, jogou como número 1 em 2017 — ou pelo menos obteve o que mais precisava: um título para reafirmar a confiança.

Andy Murray passou sufoco, chegou a salvar sete match points e vencer por 20-18 um tiebreak histórico nas quartas de final contra o alemão Philipp Kohlschreiber, mas, no fim, conseguiu engrenar à final do ATP 500 de Dubai e passar por Fernando Verdasco com ampla superioridade na decisão.

O tão esperado confronto entre o britânico e Roger Federer acabou não acontecendo devido à eliminação inacreditável do suíço contra o jovem russo Evgeny Donskoy, que entrou no torneio via qualificatório e arrancou uma vitória que esteve inúmeras vezes na mão do recém-campeão do Australian Open.

Faz parte.

Zebra em Acapulco

Saiba mais sobre o Uruguaio paulistano no blog da Federação paulista de Tênis

Em uma chave de simples que tinha Novak Djokovic, Rafael Nadal, Marin Cilic, Nick Kyrgios e Dominic Thiem, deu Sam Querrey!

O norte-americano roubou a cena: na semifinal passou por um Kyrgios que havia atropelado Djokovic no dia anterior, e na finalíssima venceu o embalado Rafael Nadal, que, assim como em Melbourne, chegou voando à final, mas acabou com o vice-campeonato.

De qualquer forma, é bom ver o Touro Miúra em boa forma.

Nesse ritmo, é questão de tempo para novas conquistas.

E o circuito, mesmo com o Big 4 em atividade, se abre para jogadores menos badalados.

O ano de 2017 continua bem interessante…

Que venha Indian Wells!

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